Conhecida pelo cultivo da uva, Petrolina, no Sertão pernambucano, se destaca também por uma produção que no imaginário popular estaria no Litoral: o coco. Os produtores podem chegar a um faturamento médio de até R$ 150 mil por 50 hectares.
“São 70 produtores que participam da cadeia e fornecem água de coco para a indústria. As fazendas do grupo fornecem cerca de 25 a 30% do volume da indústria. Todo o restante vem de parcerias com produtores locais”, afirma o gerente agrícola da Pepsico, Alexsandro Castro.
De acordo com Castro, as plantações de coco podem chegar a uma média de 61 mil frutos por ano, por hectare. Ele explica que, em média, o produtor de coco pode chegar a faturar de R$ 2.700 a R$ 3.000 por hectare. Na região, os produtores chegam a ter plantações que variam entre 6 e 50 hectares.
De acordo com dados da Pesquisa da Produção Agrícola Municipal (PAM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2024, a cidade de Petrolândia chegou a ocupar o 1º lugar no ranking de cidade que mais produziu coco. No ano passado, o município produziu 162 mil toneladas, no valor de R$ 113,4 milhões.
Produtor de coco de Petrolândia, cidade vizinha de Petrolina, Rogério Novaes destaca a potência da produção da fruta para a região. “Na nossa cidade, a agricultura representa 70% do PIB, que vem do coco. Temos duas indústrias aqui, uma envasadora e a outra que utiliza o coco maduro, de forma artesanal”, afirma.
Apesar disso, ele destaca que a produção do coco precisa de atenção dos governos, uma necessidade que se estende desde quando foi construída na cidade a Barragem Luiz Gonzaga. “Hoje temos reassentamentos, em torno de 4 a 5 mil hectares irrigados e cerca de 70% dessa área (perímetros irrigados) é destinada ao coco, mas infelizmente, por falta de recursos do Governo Federal, apenas 30% está em funcionamento. Muitos irrigantes não possuem título de posse e isso impede que os produtores possam dar um passo maior”, destaca. Ainda segundo ele, a região tem uma área de expansão nas margens do Rio São Francisco que tem capacidade de crescer ainda mais. Por Thatiany Lucena Diário de Pernambuco.
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