A expansão de casos do novo coronavírus, que tem causado
complicações maiores nos idosos, em comparação com outras faixas etárias, levou
o Ministério da Saúde a priorizar as pessoas a partir dos 60 anos na primeira
etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza, com início em 23
de março, "mesmo diante da não eficácia da vacina de gripe contra o
coronavírus", diz o órgão, que adota essa ação para auxiliar profissionais
de saúde a descartarem os tipos de influenza na triagem e acelerarem o
diagnóstico para a Covid-19 (sigla para a doença causada pelo novo vírus). Por
outro lado, justamente as crianças de 6 meses a menores de 6 anos, que são o
grupo que mais apresentam quadros graves por gripe, ficaram para a última etapa
da campanha, que começa apenas no dia 9 de maio.
Só este ano, em Pernambuco, foram registrados 211 casos de
síndrome respiratória aguda grave (Srag), quadro que pode ser provocado por
diversos agentes (como vírus e bactérias) e caracterizado pela necessidade de
internação de pacientes com febre, tosse ou dor de garganta associado à
desconforto respiratório. Entre eles, 13 foram positivos para algum tipo de
gripe (9 para influenza B e 4 para H1N1). Desse total, o maior volume (oito
casos) foi confirmado na faixa etária infantil: seis casos em menores de dois
anos de idade e outros dois em crianças de 5 a 9 anos.
No Brasil, a influenza se torna mais frequente nos meses do
outono (começa no próximo dia 20) e inverno, quando as temperaturas caem,
especialmente no Sudeste e no Sul do País. Por isso, para a população garantir
imunidade, é importante que a vacinação seja feita antes do início da
sazonalidade do influenza. “A população infantil é a segunda maior que temos a
vacinar, depois dos idosos. No cronograma, a população de crianças, pela
disponibilidade de insumos (doses), ficou para a terceira fase da campanha
contra influenza. No entanto, isso não quer dizer que, a partir do momento em
que o Estado passe a receber mais doses, ele possa antecipar essa fase (para as
crianças)”, esclarece a superintendente de Imunizações e Doenças
Imunopreveníveis da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Ana Catarina de Melo. (JC Online)
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