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quarta-feira, 11 de março de 2020

Com 8 casos graves de gripe em crianças, Pernambuco só começará a vacinar público infantil em maio


A expansão de casos do novo coronavírus, que tem causado complicações maiores nos idosos, em comparação com outras faixas etárias, levou o Ministério da Saúde a priorizar as pessoas a partir dos 60 anos na primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza, com início em 23 de março, "mesmo diante da não eficácia da vacina de gripe contra o coronavírus", diz o órgão, que adota essa ação para auxiliar profissionais de saúde a descartarem os tipos de influenza na triagem e acelerarem o diagnóstico para a Covid-19 (sigla para a doença causada pelo novo vírus). Por outro lado, justamente as crianças de 6 meses a menores de 6 anos, que são o grupo que mais apresentam quadros graves por gripe, ficaram para a última etapa da campanha, que começa apenas no dia 9 de maio.

Só este ano, em Pernambuco, foram registrados 211 casos de síndrome respiratória aguda grave (Srag), quadro que pode ser provocado por diversos agentes (como vírus e bactérias) e caracterizado pela necessidade de internação de pacientes com febre, tosse ou dor de garganta associado à desconforto respiratório. Entre eles, 13 foram positivos para algum tipo de gripe (9 para influenza B e 4 para H1N1). Desse total, o maior volume (oito casos) foi confirmado na faixa etária infantil: seis casos em menores de dois anos de idade e outros dois em crianças de 5 a 9 anos.

No Brasil, a influenza se torna mais frequente nos meses do outono (começa no próximo dia 20) e inverno, quando as temperaturas caem, especialmente no Sudeste e no Sul do País. Por isso, para a população garantir imunidade, é importante que a vacinação seja feita antes do início da sazonalidade do influenza. “A população infantil é a segunda maior que temos a vacinar, depois dos idosos. No cronograma, a população de crianças, pela disponibilidade de insumos (doses), ficou para a terceira fase da campanha contra influenza. No entanto, isso não quer dizer que, a partir do momento em que o Estado passe a receber mais doses, ele possa antecipar essa fase (para as crianças)”, esclarece a superintendente de Imunizações e Doenças Imunopreveníveis da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Ana Catarina de Melo. (JC Online)

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