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segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Reunião entre órgãos de defesa do consumidor e varejistas realizada pelo MPPE busca compreender alta de preços de gêneros alimentícios

Para entender os atuais aumentos de preços de gêneros alimentícios e debater possíveis soluções ou, ao menos, alguma minimização do problema, o Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Defesa do Consumidor do Ministério Público de Pernambuco (Caop Consumidor do MPPE) convidou diversos representantes de entidades de defesa do consumidor, Procons municipais e o Procon Pernambuco, assim como representantes do Ministério da Agricultura, Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Associação Pernambucana de Supermercados (Apes), (Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa-PE), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Ordem dos Advogados do Brasil-PE, além de promotores de Justiça do MPPE para uma reunião virtual, nesta sexta-feira (11), dia em que o Código de Defesa do Consumidor completa 30 anos.

A coordenadora do Caop Consumidor, a promotora de Justiça Liliane Fonseca abriu a reunião logo exaltando o Código. “A lei que contribuiu para o avanço da cidadania e se destaca como uma das mais importantes para a garantia dos direitos dos brasileiros. O MPPE, aqui, reforça seu compromisso com a defesa do consumidor, pois todos somos consumidores. E somos vulneráveis, de um forma ou outra, em relações de consumo”, avaliou a promotora de Justiça. 

Ela também ressaltou que o objetivo das discussões não era culpar esse ou aquele setor, mas sim compreender, através de dados e depoimentos consistentes, o que levou os preços de alimentos como feijão, óleo de soja, leite, carnes e, sobretudo, o arroz a terem aumentos tão expressivos neste segundo semestre de 2020. “O importante para nós aqui é assimilar as explicações e compreender essa alta de preços, suas relações com a pandemia de Covid-19, com a alta do dólar, com as safras, buscando a proteção do consumidor”, reforçou Liliane Fonseca.

O diretor de comercialização e abastecimento do Ministério da Agricultura, Silvio Farnese, atestou que a taxa de câmbio passou a incentivar as exportações dos produtos agrícolas. E mesmo com a safra de arroz recorde no Brasil, produzindo muito acima do consumo, o produto aumentou de preço nas prateleiras dos supermercados nacionais. Assim, as exportações começaram a crescer mais que o esperado, especialmente para a Ásia. “Combinado com o fim da entressafra, que vai até novembro, é natural que os preços aumentem. Não há falta de produto, e sim estoque suficiente, mas que quem tem o produto está o retendo para poder vender por um preço maior amanhã”, revelou ele. Segundo Farnese, em janeiro deve se iniciar nova safra no Brasil. Estima-se, então, uma maior oferta da produção e os preços devem cair. (MPPE)

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