Em decisão unânime, na tarde desta terça-feira (6/10), o
Tribunal de Justiça de Goiás inocentou padre Robson de Oliveira das acusações
de lavagem de dinheiro. A informação foi confirmada pela defesa do
religioso. Investigações do Ministério Público de Goiás tinham
indicado que o réu havia movimentado R$ 2 bilhões em 10 anos, por meio da
Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), com sede em Trindade (GO).
O julgamento de padre Robson começou às 13h e, após
quarenta minutos, foi proferida a decisão. A investigação
do Ministério Público havia apontado que a Afipe recebia doações altas
de fiéis, chegando a receber R$ 20 milhões em doações por mês.
O órgão apurou, ainda, que parte dos recursos teriam sido usados na compra de
fazendas e de uma casa de praia. Em
setembro passado, dois representantes do Vaticano estiveram em Trindade
para investigar a associação.
De acordo com um dos advogados de defesa do religioso,
Cléber Lopes, os desembargadores do processo decidiram pela inocência pois não
"não foi comprovado crime algum para ser investigado". "Segundo
os magistrados, a associação presidida pelo pároco é de natureza
privada e não houve qualquer desvio de valores, sendo certo que todos os
investimentos foram aprovados pelos membro da associação", disse Lopes.
"A decisão do tribunal reconhece o que a defesa já
havia dito há algum tempo. Esperam, com isso, que o sacerdote possa ter a sua
biografia restaurada", diz o advogado. (Estado de Minas)
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