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sábado, 27 de fevereiro de 2021

'Terra 2.0': Conheça os exoplanetas candidatos para abrigar a humanidade

Os avanços das tecnologias de exploração do espaço têm sido cada vez mais velozes, seja para compreender a estrutura planetária de vizinhos da Terra -- como faz a sonda Perseverance, enviada a Marte pela Nasa --, ou para identificar potenciais "casas" fora do sistema solar (os exoplanetas) para abrigar a humanidade -- as chamadas "novas Terras". 

Em entrevista à CNN, o professor de astrofísica do Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana "Padre Sabóia de Medeiros" (FEI), Leandro Barbosa, explica conceitos como exoplanetas e nova Terra, que são muito usados por causa das recentes descobertas das agências espaciais espalhadas pelo mundo.

O que é uma nova Terra?

“Também pode ser chamado de 'Terra 2.0'. É um planeta muitíssimo parecido com a Terra, mas que está orbitando outra estrela”, explica Leandro Barbosa. Esses planetas apresentam água líquida em sua superfície, característica que os tornam habitáveis.

A Nasa é precursora na investigação e descoberta de novas Terras. Em 2009, a agência espacial norte-americana lançou a missão Kepler, uma sonda posicionada em um observatório no espaço, cuja missão foi "pesquisar a região da Via Láctea para descobrir centenas de planetas menores e do tamanho da Terra na zona habitável ou perto dela".

A Nasa aposentou o satélite em 2018 alegando falta de combustível para a realização de operações científicas.

O Kepler, no entanto, em seus nove anos de vida, deixou um legado de mais de 2.600 descobertas de planetas fora do nosso sistema solar, sendo que parte considerável oferece condições habitáveis.

Depois dele vieram outras sondas importantes, como o TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite) cuja função é buscar exoplanetas em trânsito - quando ocorre bloqueio periódico de parte da luz de suas estrelas hospedeiras - fora do sistema solar.

O satélite foi lançado em 18 de abril de 2018 em um foguete SpaceX Falcon 9, da empresa privada de exploração espacial chefia por Elon Musk. 

Há ainda o satélite Cheops (Characterising Exoplanet Satellite), da Agência Espacial Europeia (ESA), que é a primeira missão dedicada ao estudo de estrelas brilhantes próximas da Terra e que já hospedam exoplanetas. Os europeus lançaram a sua sonda em 18 de dezembro de 2019.

A América Latina também contribui no processo de descoberta de novos planetas. Está situado no Chile o supertelescópio do ESO (Observatório Europeu do Sul), que é gerido por uma organização astronômica intergovernamental por 17 países. Por Weslley Galzo, da CNN, em São Paulo.

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