Diário de Pernambuco
Na pauta do impasse estão as Propostas de Emenda à Constituição (PEC) 30 e 31, de 2025, e o Projeto de Lei Complementar (PLC) 3578, também de 2025. A orientação atual do Palácio é que a bancada governista, que possui maioria no plenário, retorne às sessões nesta semana e derrube os três projetos. Em contrapartida, o presidente da Assembleia, Álvaro Porto (PSDB), não pretende pautar o empréstimo de R$ 1,7 bilhão da governadora enquanto não houver acordo.
A mais polêmica das propostas, a PEC 31/2025 sequer está apta a ser votada no plenário da Casa. O texto, de autoria da mesa diretora, foi aprovado pela Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) com quatro votos à favor e três contrários, além do parecer favorável do procurador da Alepe, Paulo Pinto.
A PEC 31 propõe que as emendas parlamentares impositivas aumentem para 1,55% da receita corrente líquida (RCL) de Pernambuco em 2027. O percentual corresponde ao teto estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para casas legislativas com uma única câmara.
“Isso (o aumento para 1,55%) é fruto da decisão do ministro Flávio Dino, que determinou que o modelo federal tem que ser observado nos estados. Está se fazendo essa previsão mais genérica na Constituição e os detalhes, os critérios de rastreabilidade e transparência, estão sendo colocados na lei complementar”, disse o procurador Paulo Pinto.
Atualmente, as emendas correspondem a 0,9% da arrecadação estadual. No entanto, havia um acordo firmado entre a Alepe e a gestão Raquel Lyra que previa o aumento das impositivas para 1,2% em 2028. Deputados governistas apontam que a PEC 31 desrespeita o que estava acertado com o Palácio do Campo das Princesas e atropela o planejamento do estado.
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